O universo das nossas empresas está rodeado de desgraças por todos os lados. Falta de produtividade, a falta de liquidez, a crise económica, a ausência de crédito, o desinvestimento. E o problema laboral, com esta falta de vontade de trabalhar. A classe trabalhadora portuguesa, publica e privada, anda à arrastar-se para o trabalho, a aguardar que chegue ao fim do dia e a esperançar o fim-de-semana.
Têm-se ouvido falar de serem necessárias mais horas de trabalho, de acabar com alguns feriados, de tornar a legislação laboral mais flexível, etc., como se estas fossem as poções para fazer com que os trabalhadores sejam mais produtivos.
Mas o que nos faz, verdadeiramente falta, é sentir-mo-nos motivados para o trabalho. E o verdadeiro problema da falta dessa motivação prende-se com a falta de liderança e a existência de chefias que não entendem os trabalhadores como o principal recurso da empresa nem lhes reconhecem o esforço e dedicação. E sem esta pratica de liderança, não pode haver um fluxo motivador que nos permita diluir o nosso sentido de “eu”.
Por isso, temos que ter líderes com mestria (sabedoria) que dêem bons exemplos, que concedam espaços de autonomia e criatividade. Espaços de reconhecimento e de crescimento.
De outra forma não seriamos considerados os melhores trabalhadores do mundo quando daqui saímos.
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