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Este é o ano dos 50’s.

Este é o ano dos 50’s. Um dia destes perguntaram-me se me sentia velho. Na verdade não sei e é estranho. Deveria? Lembrei-me do filme dos irmãos Coen. De facto, aquilo que me preocupa não é a idade no sentido etimológico mas sim no sentido semântico. Hoje ter cinquenta anos já não significa estar no fim da vida. Nem tão pouco no princípio do fim. Isso é bom e devemos agradecer à ciência. Mas a sociedade (ocidental) encarregou-se de fazer com que, socialmente, acima dos cinquenta se tenha tornado sinónimo de dispensável. E essa incerteza é a minha dor.  Se a caminhada no ciclo da adultez se fazia na certeza de uma chegada à reforma em equilíbrio e com saúde, hoje é necessário também muita resiliência. Na verdade a incapacidade que, pessoas e organizações e até mesmo Estados, desenvolveram no sentido de menosprezar os recursos menos cognitivos (reter informação) é tanto mais hipócrita na medida em que estão a desprezar aqueles que mais competências desenvolv...