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Mensagens

A mostrar mensagens de 2022

Colchões Emma - muito cuidado ao encomendar!!

Comprei (tentei) comprar uma base de cama Emma. O processo desenrolou-se entre o dia 15/08/2022, data em que comprei, e 17/11/2022, data em que recebi a devolução do dinheiro. Foram 3 meses surreais. Improvável existir hoje em dia uma empresa, séria, que comercializa online com o despudor e displicência da Emma.  Contactei duas vezes a linha telefónica de apoio, onde não havia registo do processo de encomenda. Mas a empresa nunca me contactou telefonicamente. Fiz duas reclamações no Livro de Reclamações que a empresa tem no site, uma reclamação directamente no site da ASAE e outra na Direção Geral do Consumidor com pedido para entrada no Tribunal Arbitral. Escrevi também para a sede da empresa na Alemanha. Nada provocou alteração no comportamento repreensível da empresa. Tenho visto muitas reclamações e opiniões em diversos sítios, mas aconselho a utilizar o Livro de Reclamações as vezes que forem precisas. Embora a empresa não ligue nada, ficam nas estatísticas e é comunicado à Direcç

Futebol e desporto não é a mesma coisa

Deveria estar, por ai, nos meus 9 anos de idade quando comecei a jogar ténis de mesa no Sporting Clube de Alenquer, saído do rancho folclórico por não consegui segurar o barrete na cabeça aquando os rodopios dos verde-gaio ou dos viras. Por pequeno na altura, mal conseguia chegar aos pontos fechados da mesa não se constituindo isso na impossibilidade de prosseguir a aprendizagem dos movimentos rápidos de pernas e spins que, mais tarde, haveria de conseguir. A culpa pela persistência foi do Jorge Catarino, figura carismática do ping-pong em Alenquer que me arranjou uma raquete à medida da mão, fazendo-me esquecer o barrete que me caía, e que o Zé Maria nunca conseguiu ajustar na cabeça para os rodopios. Se a mesa do ténis de mesa foi a medida para o meu crescimento físico, o Jorge Catarino, mais do que os meus pais, foi o mentor para o meu desenvolvimento social, e o culpado por, aos 12 anos, já estar na posse da chave de casa para chegar depois da meia-noite. Um dia destes encontrei-

A minha Festa do Avante

A primeira vez que fui à Festa do Avante foi em 1980. Alto da Ajuda. Durante 4 anos seguidos marquei-lhe a presença, sempre, por 5 dias. No parque de campismo. Onde chegava de véspera e só arrancava as estacas no dia seguinte ao último concerto. A partir de 85 nunca mais lá fui. Não sei explicar porquê. Não foi por falta de vontade. Talvez porque a oferta tenha crescido e diversificou-se para Alvalade ou para o Restelo. Para o Coliseu de Lisboa também. Mas foi com a Festa que começaram a vir a Portugal grandes nomes da música nacional e internacional que a ditadura proibia. Foi ela que me possibilitou de ver ao perto o que apenas ouvia de longe. Mas a minha Festa não era só isso. Era também o contacto com outras culturas. Com gentes diferentes. Gentes de dentro e de fora. Uma abertura para o desconhecido. Limitado, sei agora, mas de descoberta, na altura. Uma vez presenciei o discurso de abertura apenas com o interesse de assistir a um dos concertos da minha vida. Chico Buarque. Foi

Ténis Karrimor opinião (review) - (* actualização)

Modelos: Karrimor  Tempo Mens Running Shoes (azuis) Karrimor Caracal Mens Trail Rinning Shoes (vermelhos) Há cerca de um mês comprei estes ténis Karrimor. Não conhecia a marca.  Comprei às cegas apenas pelo toque e vistas . Não aparecem nos sites de lojas online da especialidade, onde normalmente compro. Gostei muito dos últimos ténis que usei, da marca Saucony, tanto de estrada como de trail. Na altura, custaram 85€ cada par. Agora custam 180€. Um absurdo. Em média, corro 4 vezes por semana, cerca de 50 km. Entre 12 e 15 km por corrida. Não faço competição. Corro por prazer e pela companhia. Por esta ordem de prioridade. Não estou disponível  para gastar muito dinheiro num par de ténis para os arrumar passados 6 meses . A evolução dos ténis  tem sido uma decepção. Independente da marca, as solas gastam-se mais depressa e os preços aumentaram. De forma que ando sempre à procura de marcas novas, em conta e sem mariquices. Foi o que aconteceu com os Karrimor. Antes de os comprar, numa pe

Cada um tem o que merece

  - "Então, o que tens feito agora?” A sociedade tem evoluído para o “fazer” e não para o “sentir”. Como explicar que o tempo está a seguir o seu tempo? Que a linha é que se tornou mais frouxa. Que julgar os outros já não interessa. Que a comparação já não se conjuga. Que a felicidade regressou em modo “Geração X”. Que os King Crimson voltaram a tocar no final das aulas. Que continuo a errar estupidamente, a aprender e a recolher-me comigo. Para quê explicar o que sinto a quem apenas quer saber o que faço? A quem não aceita desacertar no “fazer” muito menos no "sentir". Estamos a evoluir para o “parecer”. Então, aparentemente sorrio e respondo, “cada um tem o que merece”

As máscaras que deixámos de usar

Hoje passei por um homem que trazia na mão direita uma pequena vara onde 4 ou 5 máscaras anti-covid se penduravam. Andava desenvolto, de olhos postos no chão num movimento de quase cento e oitenta graus à sua frente. Olhou para mim e disse “boa tarde”. Pareceu-me muito bem disposto. A minha retribuição foi acompanhada com o peso dum juízo extemporâneo. Quando olhei para as máscaras tive tanta certeza que quem as perdeu deitou-as deliberadamente para o chão que cheguei a repreender os anónimos. Mas o sorriso daquele homem fez-me lembrar dum outro dia que procurei uma que tinha no bolso do casaco e já lá não estava. Já no regresso a casa a memória recordou-me daquela vez que ia a correr em grupo e dei um pontapé a uma lata de coca-cola que se encontrava no chão, o Vasco que vinha ao meu lado parou, voltou atrás, apanhou-a e levou-a na mão até ao primeiro caixote do lixo que encontrou. Não foi preciso dizer nada para me dar uma lição de cidadania. Ainda bem que existem pessoas que sem diz