Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Sustentabilidade Organizacional

Até que ponto sentimos que somos valorizados pelo que fazemos profissionalmente?

O texto abaixo transcrito não é da minha autoria. Em Novembro de 2008, no inicio da crise portanto, um amigo enviou-mo, ciente da paixão que tenho sobre estes assunto. Não creio que seja sua a autoria da escrita. Provavelmente, cruzou-se no caminho das suas leituras e lembrou-se de mim. Já no final do séc. passado, as descobertas cientificas acerca da motivação colocavam sob fogo cerrado a ideia de que as pessoas só produziam através de recompensas extrinsecas e punições. A responsabilidade e a liberdade de escolha são processos essenciais na motivação. Hoje sabe-se, com toda a certeza, que é o "bem-estar" no local de trabalho a principal fonte de motivação e produtividade. Para isso contribui: relações e emoções  positivas; o sentido, propósito e envolvimento (estado de fluxo) daquilo que fazemos diáriamente no trabalho. Em plena crise, sem fim à vista, faz todo o sentido revisitá-lo. Vale a pena ler e reflectir sobre o ambiente interno da nossa empresa onde passam...

Criação de Valor partilhado

A adaptabilidade é de facto uma coisa extraordinária. Ainda há pouco tempo se falava na responsabilidade social das empresas e já os seus criadores, Michael Porter e Mark Kramer, chamam a atenção para um novo paradigma que, segundo eles próprios, poderá desenvolver condições para que o capitalismo se reencontre com a sociedade. O novo conceito chama-se “criação de valor partilhado” e une os problemas sociais às estratégias de desenvolvimento das empresas. A criação de valor é partilhada quando as empresas ao gerarem valor resolvem problemas sociais, mas cujo envolvimento está muito para além do mecenato ou da mera reputação social da empresa, imbricando no próprio negocio. Será uma nova forma de resolução dos grandes problemas sociais e ambientais ou uma forma de fazer novamente o dinheiro voltar a circular? “Dá-se muita atenção ao custo de realizar algo, e nenhuma ao custo de não realizá-lo” - Kotler

Identificamo-nos com o trabalho?

Quantos de nós gosta do que profissionalmente faz?   Ou melhor, o que fazemos no trabalho concorre para o sentido do eu auto-biográfico? As razões porque existem pessoas, profissionalmente, mais motivadas do que outras é complexo mas o que verdadeiramente nos motiva é o facto de nos identificarmos com aquilo que fazemos. A um nível intuitivo, grande parte das pessoas compreende a inter-relação entre a sua identidade e o trabalho. Por alguma razão, quando crianças, ambicionávamos ter esta ou aquela profissão. O emprego, para além de ser uma formidável forma de ganhar dinheiro para pagar as contas, tem que fazer sentido anuindo significado às nossas vidas, e se estiver ligado à nossa auto-imagem pode muito bem ser um forte impulsionador da motivação levando-nos a um esforço muito maior. Era bom que assim fosse sempre para bem do nosso saudável estar social e mental. Mas então porque razão no actual modelo económico existe uma cada vez maior sens...

A realidade não é o que parece

As ideias que temos hoje das nossas lideranças é que são pessoas que gerem bem toda a informação, que se movem bem socialmente, boas redes informais, que orientam as suas acções pelas leituras de superabundância de informação e de estudo de casos que se adaptam aos seus objectivos pessoais. Aparentam ter ideias inatas mas que são tiradas de livros de gestão com títulos inteligentes. Desenvolvem grandes competências narcisistas e têm a mão de deus por baixo. Cheiram a poder autoritário e, só em casos identificados, são legitimados e reconhecidos por quem deles dependem. Sofrem de uma doença que se tornou estandarte nacional: reunite. Onde se auto promovem como a luz ao fundo do túnel, em monólogos improdutivos na explanação de ideias aparentemente inatas. Os benefícios raramente vão além dos que são publicitados e raramente promovem a sustentabilidade no longo prazo. O que eles ignoram é que existe uma prática muito simples de liderança. Sair do escritório para observa...

Erros na Avaliação de Desempenho

Estamos em final de ano o que significa que mais uma vez vamos ser avaliados no nosso desempenho anual. Aos avaliadores nunca é demais relembrar os erros (mais) comuns na Avaliação de Desempenho, situando as devidas adaptações de cada método em causa, de forma a tomar consciência que as distorções, mesmo que involuntárias, podem provocar a diminuição da objectividade e efeitos pretendidos com o processo. Aqui vão os erros mais comuns: Efeito de Halo/Horn – Tendência para alargar a todo o desempenho aspectos positivos ou negativos desse desempenho. O avaliador generaliza a todo o desempenho uma opinião favorável (Halo) ou desfavorável (Horn) de uma característica isolada ou comportamento especifico. Tendência Central – Tendência para atribuir nota média, evitando classificações baixas com receio de prejudicar ou elevadas com receio de se comprometer para o ano seguinte. Efeito de Recenticidade – Tendência para dar relevância a situações recentes que marcaram o desempe...

Prazos de pagamentos atrofiam economia

Saiu recentemente um estudo, coordenado por Augusto Mateus, que analisa os impactos na economia portuguesa dos atrasos de pagamentos entre clientes e fornecedores. O estudo, para além de fazer o enquadramento histórico, medita sobre o actual panorama da economia nacional, quantificando as perdas decorrentes de uma cultura de pagar tarde e a más horas e aponta caminhos de mudança organizacional com base em boas práticas de gestão do risco. Em Portugal, estima-se que 44% do total dos pagamentos são efectuados com atraso, reduzindo para os 40% entre as Grandes Empresas e aumentando para 47% no caso das PME’s, situando-nos 20% acima da média europeia e sendo apenas ultrapassado pela Itália. No que respeita ao indicador de contas a receber temos vindo a registar um agravamento sucessivo. Embora nesta dimensão não tenha havido uma homogeneização entre os países analisados, comparamos com os países do Sul da Europa, grupo que contrasta com a evolução positiva dos países do Norte e ...

Sustentabilidade Organizacional

Já aqui tinha dito que as empresas futuras terão que estar orientadas, não só, mas para além do lucro e da visão dos accionistas ou donos. Há mais de 50 anos que as sociedades modernas vêm alterando os seus modelos de gestão, deixando de estar orientadas para a quantidade da produção, para estarem focalizadas num desenvolvimento sustentável, aproveitamento e maximização dos limitados recursos. Com o fim do contrato de trabalho estabelecido com base apenas numa retribuição monetária por troca da prestação física do trabalhador, e com o fim da família tradicional as novas organizações alicerçam um novo paradigma de socialização e de passagem de valores que, até agora, pareciam estar afastadas. Contrariando Milton Friedman, as organizações deixaram de ser entidades que apenas utilizam os seus recursos em actividades destinadas a aumentar os seus lucros. Esta crescente importância teve como efeito uma maior responsabilização social das organizações, principalmente nos chamados ...