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A mostrar mensagens de agosto, 2022

A minha Festa do Avante

A primeira vez que fui à Festa do Avante foi em 1980. Alto da Ajuda. Durante 4 anos seguidos marquei-lhe a presença, sempre, por 5 dias. No parque de campismo. Onde chegava de véspera e só arrancava as estacas no dia seguinte ao último concerto. A partir de 85 nunca mais lá fui. Não sei explicar porquê. Não foi por falta de vontade. Talvez porque a oferta tenha crescido e diversificou-se para Alvalade ou para o Restelo. Para o Coliseu de Lisboa também. Mas foi com a Festa que começaram a vir a Portugal grandes nomes da música nacional e internacional que a ditadura proibia. Foi ela que me possibilitou de ver ao perto o que apenas ouvia de longe. Mas a minha Festa não era só isso. Era também o contacto com outras culturas. Com gentes diferentes. Gentes de dentro e de fora. Uma abertura para o desconhecido. Limitado, sei agora, mas de descoberta, na altura. Uma vez presenciei o discurso de abertura apenas com o interesse de assistir a um dos concertos da minha vida. Chico Buarque. Foi