Segundo Carol Dweck, professora de Psicologia na Universidade de Stanford, considerada uma das melhores no estudo da motivação e desempenho em crianças e jovens, aquilo em que as pessoas acreditam é que lhes dá forma naquilo que alcançam. As convicções acerca de nós próprios e das nossas capacidades é que determina a forma como interpretamos as nossas experiências e estabelecem os limites ao que somos capazes de realizar.
A falta de mestria (sabedoria) dos nossos líderes e chefias é porque esta é caracterizada como uma forma de pensar e não uma maneira de se posicionar perante os outros.
As descobertas de Dweck centram-se sobretudo nas diversas noções de “inteligência”, mas aplicam-se com pertinências a todas as capacidades humanas.
Para Dweck, as pessoas podem ter duas posições relativamente à inteligência. As que adoptam a «teoria de entidade» - a inteligência como uma entidade limitada e inata. E as que adoptam a «teoria incremental» - a inteligência que pode ser incrementada e melhorada.
Transportando isto para as empresas, existem dois tipos de objectivos – os de desempenho e os de aprendizagem. Estes dois tipos encaram o próprio esforço de maneira muito diferente. O primeiro exige às pessoas uma progressão de sucessos fáceis, de tomadas de objectivos que, depois de conquistados apenas afirmam as capacidades já existentes. No segundo o esforço é constante e recompensador na medida em que o acumular de experiências e desafios vai dotando as pessoas de mais competências.
E este é o problema. Os nosso lideres e chefias são-no, não porque se tenham “desenvolvido” como pessoas, incrementado as diversas noções de inteligência ou se esforçado no sentido de aumentar competências, mas porque foram tendo sucessos fáceis, dando nas vistas ou se tornando amigos de outros.
Se as suas próprias convicções estão enviesadas, empossando apenas a autoridade do lugar e não o reconhecimento de quem lhe é subordinado, como poderão eles motivar alguém?
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