
Serve esta história para ilustrar a importância que o isolamento tem nas pessoas, podendo este ser um sentimento devastador, principalmente, quando associado a um sentimento de rejeição.
Existem diversas definições de solidão, mas há em todas elas 3 aspectos que lhes são comuns: é uma experiência subjectiva, que não pode estar relacionada com o isolamento objectivo; é psicologicamente desagradável e resulta de um relacionamento deficiente. A história toca no centro da solidão: a insatisfação em relação ao nosso espaço e relacionamento social e pode, por vezes, tomar formas patológicas.
A solidão pode ser encarada como um traço de personalidade em que a pessoa sente a solidão por longos períodos da sua história de vida, ou um estado psicológico em que o individuo a experiencia por diferentes lapsos de tempo.
A solidão é consequência da interacção de factores situacionais e das características pessoais (Shaver, Furnam e Buhrmester, 1985), e pode ser avaliada através de modelos conceptuais, existindo diversos instrumentos de avaliação sendo o mais utilizado a Escala de Solidão da UCLA (University of California at Los Angeles).
Grande parte das vezes as empresas falham em criar programas e ambientes eficazes para que os seus colaboradores se sintam organizacionalmente integrados e relacionados. Isto é tanto mais absurdo quando está cientificamente provado que os indivíduos se aplicam mais profissionalmente na presença de outras pessoas e cuja contribuição possa ser identificada.
No grupo, quando alguém se sente excluído, é natural que surjam questões de insegurança mas isso não pode desenvolver situações de afastamento até estas serem bem percebidas, pelo que a sua clarificação junto daqueles que estão próximos é primária. Expressar a preocupação de forma clara e honesta, evitando discursos longos e não se colocar à defesa numa posição de vítima é o primeiro passo a dar. Existem três razões que impedem de enfrentar os problemas: a negação; a impossibilidade de aceitar a responsabilidade ou o fracasso e os hábitos consolidados.
Verificar se a organização pratica a inclusão é outra dos factores de avaliação. O comportamento das chefias e dos restantes colaboradores, a condução das reuniões, a partilha da informação formal e informal, são fundamentais para perceber isso.
E não deixe nunca de perguntar a si mesmo se não está a exagerar.
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