Hoje li uma noticia que divulgava o seguinte:
Uma empresa espanhola, de embalagens para fruta, situada na cidade de Murcia, obrigava as funcionárias a usarem um cartaz quando iam à casa de banho.
O cartaz dizia "aseo" - casa de banho - e era colocado ao pescoço depois de pedirem autorização à encarregada.
A empresa tem mais de 400 trabalhadoras (era assim que estava na noticia o que se supõe serem só mulheres) e só existiam 3 cartazes.
Depois de dada a permissão, a pessoa tem apenas 5 minutos para fazer as necessidades sob pena de lhe ser descontado 30 minutos no final do dia de trabalho.
Questionada sobre o assunto, a administração da empresa pronunciou-se dizendo que o cartaz poderia ser levado na mão ou dentro do bolso e não necessariamente ao pescoço.
O caso que parece tirado de um livro de humor sádico é bastante sério e merece, pelo menos reflexão, já que pedir justiça é assunto a morrer no vazio.
Primeiro porque se passou em Espanha, mas poderia ter sido cá ou noutro qualquer pais desenvolvido, assim como poderia ter sido esta ou outra história com outro cenário, outros actores, mas com o mesmo argumento.
Depois porque tem o perfil da necessidade de sofrer para sobreviver, do preconceito de género, da falta de criminalização para actos que atentam contra a dignidade humana e da criação ilícita de riqueza, tudo traços que se vão agudizar nos próximos tempos,
Cenários como este não faltarão por ai sob o estigma da falta de produtividade.
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