O filho veio almoçar com ele. Reformulou.
"O meu filho veio buscar uns livros que mandou vir para a minha morada e, de caminho, almoçou comigo".
Como habitual, poucas palavras para conversarem no tempo que estão juntos.
"As
nossas vidas estão ligadas pela consanguinidade, apenas, assim parece" - disse para consigo.
“Sabes, vou a Barcelona no dia 6” – disse o herdeiro, sem mencionar que
iria passar lá o dia dos seus anos e os da irmã.
"Mais um indício da distância
que a ausência de palavras denuncia" - pensou ele novamente. "Outra concertação familiar “ - continuou - "Esta sensação de que a
família deles se circunscreve ao lado maternal, reforça-se".
Lembrou-se da frase de Nietzsche – “…a criança que fomos não
envelhece nem nunca morre no nosso inconsciente”.
O tempo nem tudo cura. Principalmente aquilo que a educação confirma.
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