Se em algum dia conseguir expressar o que sinto nestes lugares posso morrer sem medos. Tento-o sempre baixinho não vá a morte resgatar-me à felicidade.
A serra tem estes desfechos até em lugares onde a luz do sol tem medo de entrar.
Na aldeia onde reza ser a primeira com iluminações de natal led, o caldo verde fez jus à couve serrana em final de caminho, num pequeno espaço quadrado que o xisto comprimia.
A um dos cantos uma jovem quase bem-parecida tirava selfies sem profundidade como se o mundo fosse acabar de seguida.
Depois de tudo, pensei, só pode ser uma manifestação do vazio, prenúncio do resgate da morte.
Interrompi a apneia quando reparei na frase do pacote de açúcar, que acompanhava o café, colocado estrategicamente à minha frente, que profetizava: “O canhão da Nazaré está pronto a disparar”.
Na aldeia onde reza ser a primeira com iluminações de natal led, o caldo verde fez jus à couve serrana em final de caminho, num pequeno espaço quadrado que o xisto comprimia.
A um dos cantos uma jovem quase bem-parecida tirava selfies sem profundidade como se o mundo fosse acabar de seguida.
Depois de tudo, pensei, só pode ser uma manifestação do vazio, prenúncio do resgate da morte.
Interrompi a apneia quando reparei na frase do pacote de açúcar, que acompanhava o café, colocado estrategicamente à minha frente, que profetizava: “O canhão da Nazaré está pronto a disparar”.
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