Hoje tive um dia difícil.
Reformulando, hoje fizeram-me um
dia difícil.
Reformulando outra vez, hoje não
consegui fazer o meu dia.
“Podemos agora distinguir nas nossas sociedades, para além das culturas
da ciência e das humanidades, uma cultura de ciência social (reforçada com a
invenção do pós-modernismo) e culturas bem definidas na política, nos negócios,
nos media, nas forças armadas, na religião, na educação, bem como diversas
culturas de risco, de violência e autonomia individual.
Evoluímos para uma salada de frutas de culturas. Mas, o que é pior,
nesta nova Babel, um individuo pode mudar de racionalidade (na politica), para
os domínios da obscuridade em apenas um clique, permitindo o ressurgimento da
ignorância, além de que o misticismo parece ser um negócio como outro qualquer”
– João Caraça, A separação de Culturas, in Rescaldo e Mudanças – As Culturas da
Crise Económica.
Estamos a cruzar o maior falhanço
da história em termos de liderança, e o pior é que nos aniquilamos a isso.
Hoje é moda ser Líder. Todos o
querem ser. Mas a maioria são Wannabes
(termo pejorativo de alguém que quer ser alguma coisa mas não é).
Há diferenças básicas entre um
verdadeiro Líder e um Wannabe.
O primeiro cria valor humano, o
outro cria valor material. O valor humano é mais estável, mais verdadeiro e tem
mais impacto na relação de confiança. É por isso que um Líder diz a verdade porque
a sua missão é fazer com que as pessoas dêem o seu melhor. O outro é apenas radioso
na retórica da sua visão.
A verdade produz a sensação de
que devermo-nos tornar naquilo que fomos feitos para ser. Liberta-nos.
Um Wannabe é como um robot a quem
se dá números que devem atingir, fazem-no por dinheiro e acabam inutilizados
pela vida que escolhem. Um Líder pensa, define regras e os seus princípios têm
mais valor do que os bónus.
Para a crise de liderança, “A
razão é muito simples: a modernidade está exausta”
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