O Alentejo tresanda a porco preto Pedi migas com espargos e o empregado, sem dar importância ao meu olhar perguntou: e acompanham o quê? lagartos, abanicos, plumas ou secretos? disparou. Esforcei-me para perceber porque a cegonha branca volta sempre. Umas postinhas de cação fritas seria bom. - Não temos! O Alentejo está a substituir o ecossistema gastronómico. Trocou a sericaia, a encharcada e o pão de rala pelo pudim, cheesecake e bolo de bolacha. As cores do montado estão a ser substituídas pelo verde intensivo da azeitona. Espero que a cegonha nunca chegue a perceber o que é o desencanto.
A expressão é de Manuel Castells no seu livro a Sociedade em Rede. Este espaço é a organização compartilhada dos meus pensamentos e práticas sociais que funcionam por meio de fluxos