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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2013

A discriminação etária

2012 foi o ano europeu do envelhecimento activo. Acontecimento que, numa Europa de   população envelhecida, deveria ter sido uma oportunidade de repensar o modelo social e geracional. Se por um lado existe a visão optimista de que a realidade actual permite uma esperança de vida mais longa, por outro assiste-se a um aumento dos preconceitos sobre as pessoas mais velhas com impactos bastante negativos ao nível profissional e social. Crenças que, ao contrário, deveriam desaparecer já que as reduzidas taxas de natalidade tem-se acentuado nos países desenvolvidos. Na Europa, nos últimos 25 anos verificou-se um aumento na ordem dos 5% no número de idosos (12,8% em 1985 contra 17,4% em 2010), tendência que irá acentuar-se, prevendo-se que duplique até 2060. Ultimamente, temos vindo a assistir à implementação de políticas que apontam para o aumento na idade da reforma o que tem provocado diversos descontentamentos sociais. Contudo uma das chaves para fazer face aos desafios

As raposas não se confundem com galos

Entre hoje e amanhã está a decorrer uma conferência sobre a reforma do Estado, denominada "Pensar o Futuro - Um Estado para a Sociedade", organizada a pedido do PM pela ex-PSD, Sofia Galvão. A organização, no inicio, informou a comunicação social que " Não haverá registos de imagem e som [durante os paineis]. A permanência dos jornalistas é permitida. Não haverá [reprodução de] nada do que seja dito sem a expressa autorização dos citados. " - in jornal Público . Esta intervenção originou a reacção do sindicato dos jornalistas que comparou esta exigência a uma posição equiparável a um regime de censura prévia. Já aqui uma vez me coloquei no meio deste maior receio verificando os exemplos de atropelo à democracia desejável num Estado de Direito.  É importante conhecer a origem e percurso das raposas para perceber quem está nos poleiros do galinheiro. 

Duvidam?

Em matéria de medidas de austeridade, penso que não sairei da normalidade da maioria das pessoas, quando sinto que é difícil dizer quais são as melhores. Talvez por esse facto, muitas das vezes fico baralhado com as notícias e evolução dos indicadores nacionais. Se num dia o saldo da segurança social está positivo, no outro fica negativo. Se na semana passada existia superavit na balança, nesta o deficit predomina. Etc. etc. os milhões mudam de um lado para o outro com demasiada facilidade para a minha consciência cívica.  De uma forma muito "naif" o que sinto é que vivemos durante muito tempo (desde os anos 80) afastando os problemas para o lado e que, inevitavelmente, teremos que ajustar a nossa forma de vida. Como, sinceramente, não sei.  Mas sei que desconfio sempre quando alguém me diz que a solução apresentada é a única possível.  Isto a propósito das novas medidas apontadas pelo FMI e que têm suscitado as mais diversas e controversas rea

O colapso das esperanças

Em 2008 visitei a Eslovénia e fiquei maravilhado com a sua capital Liubliana. A Eslovénia era o país da EU onde o PIB era dos mais elevados. Ainda não tinha introduzido o euro. No passado dia 03/12/2012, numa das suas mais pacatas cidades, Maribor, sem ninguém estar à espera e numa única semana, cerca de 20.000 pessoas manifestaram-se contra a corrupção, a austeridade, o clientelismo e as oligarquias locais. Movimento que se espalhou por todas as grandes cidades. Esta vaga de protesto ficou denominada como a “insurreição de Maribor”. Vários têm sido os casos de corrupção sem que a justiça intervenha, e os corruptos continuam a permanecer nos lugares públicos gozando de impunidade e recusando-se a abandonar os cargos. O principal visado daquela iniciativa (Maribor era a cidade onde existia a taxa mais elevada de abstenção) foi o presidente da Câmara que, desde 1977, tem vindo a privatizar tudo o que é Estado, desde a distribuição de água, transportes públicos,

Educação diferenciada

A propósito de um artigo no Público (02/01/2012) .  Em Portugal o ensino diferenciado funciona em 4 escolas, duas em Lisboa e duas no Porto, todas pertencentes à cooperativa Fomento e ligadas à Opus Dei. O director de um dos colégios afirma que o modelo de ensino português, foi feito “por mulheres e para mulheres”, sendo este leccionado mais por professoras do que por professores, o que explica o sucesso das raparigas e o insucesso dos rapazes. Para este director, os rapazes precisam de ser muito mais estimulados, de sentirem o desafio e de serem puxados por pequenas metas. Ao contrário, nas raparigas a preocupação deve assentar na relação entre aluna e professora, não necessitando de ambiente de competição e de estímulo. Esta visão diferenciada é apenas uma das três grandes abordagens sobre as diferenças de género.  Há os que defendem a existência de uma base biológica nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres. Esta diferença natural – cromossoma