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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2012

Criação de Valor partilhado

A adaptabilidade é de facto uma coisa extraordinária. Ainda há pouco tempo se falava na responsabilidade social das empresas e já os seus criadores, Michael Porter e Mark Kramer, chamam a atenção para um novo paradigma que, segundo eles próprios, poderá desenvolver condições para que o capitalismo se reencontre com a sociedade. O novo conceito chama-se “criação de valor partilhado” e une os problemas sociais às estratégias de desenvolvimento das empresas. A criação de valor é partilhada quando as empresas ao gerarem valor resolvem problemas sociais, mas cujo envolvimento está muito para além do mecenato ou da mera reputação social da empresa, imbricando no próprio negocio. Será uma nova forma de resolução dos grandes problemas sociais e ambientais ou uma forma de fazer novamente o dinheiro voltar a circular? “Dá-se muita atenção ao custo de realizar algo, e nenhuma ao custo de não realizá-lo” - Kotler

Este é o ano dos 50’s.

Este é o ano dos 50’s. Um dia destes perguntaram-me se me sentia velho. Na verdade não sei e é estranho. Deveria? Lembrei-me do filme dos irmãos Coen. De facto, aquilo que me preocupa não é a idade no sentido etimológico mas sim no sentido semântico. Hoje ter cinquenta anos já não significa estar no fim da vida. Nem tão pouco no princípio do fim. Isso é bom e devemos agradecer à ciência. Mas a sociedade (ocidental) encarregou-se de fazer com que, socialmente, acima dos cinquenta se tenha tornado sinónimo de dispensável. E essa incerteza é a minha dor.  Se a caminhada no ciclo da adultez se fazia na certeza de uma chegada à reforma em equilíbrio e com saúde, hoje é necessário também muita resiliência. Na verdade a incapacidade que, pessoas e organizações e até mesmo Estados, desenvolveram no sentido de menosprezar os recursos menos cognitivos (reter informação) é tanto mais hipócrita na medida em que estão a desprezar aqueles que mais competências desenvolveram

O extraordinário exemplo da Canasta Azul

Nos últimos tempos os nossos políticos têm sido profícuos na divulgação de bons exemplos empresariais. Comitivas e meios de comunicação social são excitados para fazer chegar a mensagem aos portugueses de que somos melhor do que pensamos. No país de Europa onde existe a maior desigualdade de rendimentos e um índice de pobreza que nos últimos 3 anos subiu 85% duvido que a mensagem tenha o efeito analgésico de fazer esquecer a mediocridade e incompetência daqueles que promovem a iniciativa. Mas hoje fiquei rendido ao exemplo do Zé Carlos que, numa virtude de humildade, colocou em causa toda a evolução minimalista da nossa culturalidade e me fez acreditar que ainda existem exemplos significativos cá dentro. O Zé Carlos é o dono da “ Casa dePasto Canastra Azul ”.  Situada no Porto, esta casa de pasto tem uma característica invulgar: o cliente come o que lhe apetece e paga o que acha justo por aquilo que comeu. E esta é a primeira lição de boa cidadania que levamos. Num pais