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A mostrar mensagens de outubro, 2011

Prazos de pagamentos atrofiam economia

Saiu recentemente um estudo, coordenado por Augusto Mateus, que analisa os impactos na economia portuguesa dos atrasos de pagamentos entre clientes e fornecedores. O estudo, para além de fazer o enquadramento histórico, medita sobre o actual panorama da economia nacional, quantificando as perdas decorrentes de uma cultura de pagar tarde e a más horas e aponta caminhos de mudança organizacional com base em boas práticas de gestão do risco. Em Portugal, estima-se que 44% do total dos pagamentos são efectuados com atraso, reduzindo para os 40% entre as Grandes Empresas e aumentando para 47% no caso das PME’s, situando-nos 20% acima da média europeia e sendo apenas ultrapassado pela Itália. No que respeita ao indicador de contas a receber temos vindo a registar um agravamento sucessivo. Embora nesta dimensão não tenha havido uma homogeneização entre os países analisados, comparamos com os países do Sul da Europa, grupo que contrasta com a evolução positiva dos países do Norte e

O medo

Vale a pena ouvir esta reflexão do Mia Couto . A sensação que o medo tomou conta do mundo é igual à da quem não quer que o medo acabe. A ideologia confunde-se com crença. Lembrei-me do livro "Viver no fim dos tempos" de S. Zizek.

Nem sempre os cartazes são usados da melhor forma

Hoje li uma noticia que divulgava o seguinte:       Uma empresa espanhola, de embalagens para fruta, situada na cidade de Murcia, obrigava as funcionárias a usarem um cartaz quando iam à casa de banho.      O cartaz dizia "aseo" - casa de banho - e era colocado ao pescoço depois de pedirem autorização à encarregada.      A empresa tem mais de 400 trabalhadoras (era assim que estava na noticia o que se supõe serem só mulheres) e só existiam 3 cartazes.       Depois de dada a permissão, a pessoa tem apenas 5 minutos para fazer as necessidades sob pena de lhe ser descontado 30 minutos no final do dia de trabalho.        Questionada sobre o assunto, a administração da empresa pronunciou-se dizendo que o cartaz poderia ser levado na mão ou dentro do bolso e não necessariamente ao pescoço.    O caso que parece tirado de um livro de humor sádico é bastante sério e merece, pelo menos reflexão, já que pedir justiça é assunto a morrer no vazio. Primeiro porque se pas

O que nasceu primeiro: a economia ou o desemprego?

Diariamente temos sido bombardeados com assuntos sobre a crise económica. As dívidas soberanas, tendo como pano de fundo a situação grega, têm servido para o agravar da luta entre Estados (tenho dificuldade em chamar Nações), inclusive no centro da própria Europa. Pasme-se a reacção hostil da China à proposta que existe no Senado norte-americano para protecção do comércio interno. O envolvimento de grandes bancos europeus em empréstimos obrigacionistas e a intervenção do BCE na regulação das dividas e controle da especulação mais não têm do que servido para prolongar as indecisões politicas. Na sua continuidade a Europa (suponho que unida dado que foi Merkel que falou) já trabalha num plano de recapitalização da banca. Numa Europa que se diz historicamente central e onde se produziram grandes decisões no âmbito do humanismo político, tem-se assistido, nas últimas duas décadas, à importação da ideologia norte americana onde, à sua imagem, o sonho deu vantagem a uma minoria e se