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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2011

Facebook vs. Google+

O Facebook está prestes a atingir mil milhões de utilizadores, crendo-se que cerca de 800 milhões são utilizadores activos. Recentemente o patrão da “rede social” introduziu alterações significativas, associando uma serie de novas aplicações que permitem alargar a partilha de informação. As novas aplicações permitem que os utilizadores dêem a conhecer muito mais as suas vidas. Uma das aplicações, a linha cronológica, permite aos utilizadores actualizem o perfil mantendo uma quantidade muito maior em formato histórico, possibilitando a adição de fotos ou vídeos. A ideia é permitir que as pessoas criam uma espécie de diário das suas vidas. Outras alterações, que estão a criar muita polémica, é o facto de ser efectuado o registo de tudo o que os utilizadores estão a fazer ainda que não estejam ligados à rede, “controlo” que é feito através de cookies do browser e a aplicação registar e arquivar (segundo informação, por 90 dias) todos os toques de like que os utilizadores fazem no

A arrogância que nos implica

Num artigo recente, publicado na revista Nature, Dominic Johnson e James Fowler mostram que o excesso de confiança está disperso largamente pela humanidade. Isto é, as pessoas geralmente fazem uma leitura errada da realidade e têm uma opinião de si próprias e das suas opiniões acima do que deveria ser normal. Este excesso de confiança pode evoluir tanto nos cenários de sucessos como nos cenários em que o fracasso é evidente, levando as pessoas inevitavelmente ao abismo. Segundo os investigadores, esta característica terá sido a culpada, no passado, pela 1ª Guerra Mundial, pela Guerra do Vietname, pela Guerra no Iraque e também pela crise financeira de 2008. Segundo Francisco Santos, já se conseguiu mostrar que a contenção dos danos está directamente relacionada com a percepção do risco que as pessoas têm e que esse efeito pode ser influenciado, negativamente, pelo excesso de confiança. E faz todo o sentido. O traço que predomina na arrogância é a não conformidade que qua

O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. 'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas Essas e o que faz falta nelas eternamente; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço... Álvaro de C

Um verdadeiro "genocídio financeiro"

http://www.presseurop.eu/pt/content/article/978511-um-verdadeiro-genocidio-financeiro

Justa causa e despedimento

O Governo veio hoje com duas propostas de alteração ao conceito de justa causa no despedimento. A falta de produtividade e o não cumprimento de objectivos. Como seria de esperar a esquerda parlamentar (incluo o PS ou não?) indignou-se e irá fazer uma “firme oposição” e um “fortíssimo combate”. Prevê-se por parte dos sindicatos uma luta acérrima a este atentado. Bagão Félix diz que pode haver abusos por parte da entidade patronal. António Saraiva (CIP) diz que se alegra por se introduzir a produtividade (cá está ela!) no despedimento. Por mim acho uma boa ideia. É uma forma de acabar com aqueles colaboradores com emprego que, para além de não produzirem, prejudicam a empresa. Creio até que se deveria ir mais além. A questão não é a introdução das duas propostas na legislação laboral mas o conteúdo em que tal inserção deve ser revestida. Se o trabalhador deve ser produtivo e cumprir os objectivos, a entidade patronal deverá ser obrigada a promover e facilitar acesso

Informação não é comunicação

A partilha de informação (boa ou má, mas séria) é uma das melhores formas de desenvolver o sentimento de confiança e de responsabilidades das equipas. Não confundir com comunicação . Partilhar informação pode significar, por vezes, revelar informação confidencial, mas transmite confiança e uma sensação de “que estamos juntos nisto”. Ajuda a pensar melhor sobre a organização e as inter-relações com tomada de consciência da importância das pessoas como recursos que contribuem para o desenvolvimento organizacional. A partilha de informação modifica comportamentos com impactos positivos no clima organizacional e promove a aprendizagem através da transferência do conhecimento, encorajando o diálogo, as interrogações e discussões. Quem não tem informação precisa não pode agir de forma responsável. Quem tem informação precisa sente-se compelido a agir de forma responsável. Quando se partilha informação importante com os colaboradores, rapidamente eles começam a actuar como fizes

A culpa é do Antonio

“O António perde tempo a conversar com os colegas em vez de produzir, e depois queixa-se que tem de trabalhar mais tempo ao fim do dia. O trabalho do António depende do trabalho de outras pessoas da empresa, numa sequência lógica de tarefas. Como os processos estão mal definidos, todos têm períodos de espera sem produção. Porque não tem competência adequada, o António comete muitos erros que o obrigam a retrabalhar o que já tinha sido feito, gastando o dobro do tempo necessário. O António presta serviço a clientes, mas quando eles têm problemas obriga-os a passar por uma tortura burocrática, com falta de informação clara e indecisão, obrigando toda a gente a perder meio-dia em vez de quinze minutos. O António não usa eficientemente os recursos da empresa, desperdiçando-os ou usando-os em proveito próprio. O António delega tarefas nos seus colaboradores sem lhes dar autonomia e capacidade de decisão. Depois queixa-se que eles interrompem constantemente o seu trabalho e nã

Mais um programa à nossa medida.

No dia 13 passado arrancou o programa AconteSer que reúne a ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores), a CIP, o IAPMEI e a APIFARMA, cujo objectivo é contribuir para a melhoria da competitividade das empresas nacionais através de instrumentos de gestão responsáveis. Para isso, o programa assume três compromissos: a) pagar a horas aos fornecedores; b) especial atenção ao projecto de vida dos colaboradores e; c) estabelecer o equilíbrio entre a profissão/vida familiar. Compreendendo a boa vontade dos promotores, cujos interesses próprios estarão certamente estabelecidos no programa, à boa maneira liberal, e faço jus à questão de honra no cumprimento dos prazos de pagamentos. Mas, nesta matéria, há aqui que separar as empresas das empresas. Isto é: Que empresas não financeiras fazem do seu core um negócio financeiro asfixiando os fornecedores/devedores? Certamente que á cabeça (excluindo o Estado, não em sentido epistemológico, mas empresarial e com rostos) vêm os mon

Madre Teresa CEO

A história da mulher anjo serviu de inspiração a um recente livro de gestão que está a criar polémica nos conceitos tradicionais. Escrito em co-autoria por uma antiga voluntária das Missionárias da Caridade, Ruma Bose e por Lou Faust conhecido estratega de negócios, o livro do seu titulo original “Mother Teresa, CEO: Unexpected Principles  for Practical Leadership”, tem por fundo uma perspectiva puramente empresarial em que cada uma das suas 8 secções caracteriza um principio prático.   O primeiro princípio está contido na frase: “tenha sonhos simples, mas enumere-os em voz alta e firme”. Isto é, mantenha uma visão empresarial simples (não simplista) e que permaneça junto à sua zona de conforto. O livro sugere que numa análise Swot os líderes questionem que tipos de Madre Teresa querem no seu negócio. Uma outra lição que tem causado muita perplexidade no meio empresarial é a da frase: “para se chegar aos anjos, há que lidar com o diabo”. Este princípio releva para o facto da M

.......mas esta mentira já leva uma longa vida

Como diz Boaventura Santos estamos a ser agidos.  Literalmente! Retomando o analogismos é como se num jogo de futebol, o treinador (políticos) da nossa equipa definisse a estratégia a pensar na forma como o adversário pode mais facilmente marcar golos. Portugal foi sempre um País de monopólios.  Como império fomos sempre maus colonos pois nunca colonizamos a pensar no desenvolvimento dos povos indígenas, sacámos o mais que pudemos e mantivemos demasiado tempo o império à custa de vidas, pagando um preço elevado nas relações com a Europa Central, para sustentar meia dúzia de famílias. A descolonização foi uma desgraça, feita à pressa, sem uma retirada estratégica no sentido de precaver as relações futuras. Hoje poderíamos ter uma vantagem competitiva muito forte junto das nossas ex-colónias e não temos. Depois de 1974, entrámos na CEE por baixo e na convicção de que isso nos catapultaria para o nível do desenvolvimento europeu. Estávamos ainda na 1ª modernidade, os

Pouco ou nada percebo de economia, mas....

Tenho algum conhecimento sobre teoria económica mas, pouco ou nada, percebo de economia. Segui o caminho errado! Desde o inicio do século passado que o mundo vive economicidade. Portanto desde há muitas décadas que o que os economistas dizem é que está certo. Escusamos nós, ou outros, de duvidar. A economia como a conhecemos deu origem ao desenvolvimento mas criou grandes assimetrias entre países. Permitiu aumentar o bem-estar social mas dilatou o fosso entre ricos e pobres. Levou aos excedentes alimentares mas consente que milhões de seres humanos morram de fome. È como se o mundo capitalista, num movimento de rotação produzisse um efeito gravitacional que sustenta apenas quem dele vive. Ao contrário da Terra em que a gravidade é cega, na sua evolução, a força centrífuga do capitalismo vai lançando para fora, lentamente, aqueles que não conseguem a integração no sistema, isto é, ganhar dinheiro suficiente para conseguirem manter as expectativas e ambições de bem-estar.   Embo