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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2011

Sustentabilidade Organizacional

Já aqui tinha dito que as empresas futuras terão que estar orientadas, não só, mas para além do lucro e da visão dos accionistas ou donos. Há mais de 50 anos que as sociedades modernas vêm alterando os seus modelos de gestão, deixando de estar orientadas para a quantidade da produção, para estarem focalizadas num desenvolvimento sustentável, aproveitamento e maximização dos limitados recursos. Com o fim do contrato de trabalho estabelecido com base apenas numa retribuição monetária por troca da prestação física do trabalhador, e com o fim da família tradicional as novas organizações alicerçam um novo paradigma de socialização e de passagem de valores que, até agora, pareciam estar afastadas. Contrariando Milton Friedman, as organizações deixaram de ser entidades que apenas utilizam os seus recursos em actividades destinadas a aumentar os seus lucros. Esta crescente importância teve como efeito uma maior responsabilização social das organizações, principalmente nos chamados

Amanhã é outro dia.

As escolhas ministeriais feitas pelo Passos Coelho surpreendeu-me pela positiva. Por várias razões. Primeiro porque, as 4 das 5 pastas difíceis foram ocupadas por independentes, fora dos aparelhos partidários, com provas dadas de credibilidade e com profissões autónomas. Segundo porque o Ministério da Justiça, ainda que entregue a pessoa do aparelho laranja, a Paula Teixeira da Cruz já provou que as suas ideias convergem na integridade e seriedade. A educação é central ao nosso futuro como sociedade. Pessoalmente, a escolha do Nuno Crato não podia ser mais acertada. Desde há muito tempo que o ouço atentamente. É uma das poucas pessoas que vale a pena ouvir falar de educação. Espero que o rigor, programas educacionais sérios e de convergência e avaliações credíveis, passem a fazer parte do dia-a-dia dos nossos alunos, professores e pais. Na saúde o Paulo Macedo. Ainda que com origem na banca, é um gestor muito competente e pessoa com uma personalidade forte e conciliadora. P

A essência da obediência

Entre 1963 e 1967, Stanley Milgram, psicólogo norte-americano, realizou uma das mais controversas experiências da psicologia experimental sobre obediência à autoridade. A cobaia , no papel de “professor” voluntário, ficava sentada a uma secretária com acesso a um microfone e a uma falsa máquina que, sob o seu comando, infligia choques eléctricos. Na mesma sala, a presença física da autoridade do “investigador” fazia-se sentir dando ordens de comando para avançar na experiência. À leitura de um questionário a um compadre , no papel de “aluno”, visível para a cobaia e sentado numa espécie de cadeira eléctrica na sala contígua, com eléctrodos nos braços presos á cadeira, era-lhe induzida uma descarga eléctrica a cada resposta errada, através da máquina. À medida que se iam repetindo as respostas propositadamente erradas, subia a intensidade das descargas, cuja escala ia de 75 (nível mínimo) a 450 Volts (nível máximo). Incólumes aos queixumes das vítimas, cerca de 65% das cobaias obed

Conceitos de Saúde e de Doença

O conceito de saúde tem andado sempre de mãos dadas com o conceito de doença e sempre mediado com o de cultura. Todos têm tido um desenvolvimento histórico que tem acompanhado a evolução do conhecimento humano e que se mantém ainda nos dias de hoje que são, marcadamente, tecnológicos. Nas sociedades tradicionais verificava-se uma forte relação entre saúde e crença religiosa. Os doentes, vistos como pecadores, pagavam por práticas profanas através do sofrimento que os conduziria à salvação. Não existia uma prática da medicina voltada para a cura, mas sim como um avanço da religião e na busca de uma explicação metafísica. Durante a Idade Média, o avanço das grandes epidemias conduziu o conceito de doença para um plano mais colectivo, tornando-o num fenómeno de massas. As inúmeras doenças da época (cólera, peste, varíola, etc.) e a própria fome conduziam inevitavelmente à morte que, assim, se tornou num acontecimento frequente. No séc. XVIII, por via do desaparecimento das epide

Boas práticas para a utilização do Homebanking

A internet faz, cada vez mais, parte do nosso dia-a-dia e os hackers sabem disso. O phishing sugere “morder o anzol” e são tentativas ilícitas para que os utilizadores caiam no esquema de fornecer dados pessoais confidenciais. Para o efeito são enviadas mensagens de e-mail que, aparentemente, têm origem em instituições fidedignas como organismos públicos, bancos, grandes operadoras, etc.. As mensagens enganadoras direccionam as vítimas para páginas fictícias com o fim de obter esses dados confidenciais. A obtenção de dados bancários é um dos principais objectivos desta “pesca à linha” e, muitas vezes, com sucesso. A solução não passa por encerrar o acesso ao homebanking, mas sim pela prevenção e informação sobre a forma de detectar o esquema. Por isso, não esqueça que: 1 – Os bancos nunca pedem informação sobre os dados de autenticação de um cliente; 2 – Nunca envie informação pessoal que lhe seja solicitado por e-mail ou paginas da Web; 3 – Não siga links d

Uma alegre semana de trabalho para bem da saúde

Na medicina moderna ainda se acredita que só o cérebro e o sistema nervoso central (SNC) são capazes de responder a estímulos e mudar assim o seu comportamento. Contudo, já em 1974, Robert Adler, descobriu que para além deles, também o sistema imunológico é capaz de aprender e interpretar. Francisco Varela, chamou-lhe até a mente do corpo, na medida em que ele tinha um sentido de identidade, identificando o que lhe pertence e o que não lhe é próprio. Este reconhecimento é efectuado pelas células imunológicas que percorrem todo o corpo, através do sangue, e que “atacam” as células desconhecidas, defendendo-nos contra virús, bactérias e outros “intrusos”. A descoberta de Adler originou uma nova vista sobre a relação entre o sistema imunológico e o sistema nervoso central, entre os quais se estabelece uma comunicação biológica complexa, que tornam a mente, as emoções e o corpo intimamente interligados e não como entidades separadas. Sabe-se hoje que as emoções têm um efeito f

Taberna do Zé da Lídia (Trafaria)

Ontem fui almoçar propositadamente a esta Taberna. Pequeno espaço muito acolhedor. Eu comi bife de espadarte à bulhão pato (com ameijoas) e a minha mulher pataniscas de bacalhau com arroz de feijão. Estavam divinais. Regados com uma monocasta Cabernet Sauvignon tirado directamente da pipa. Como sobremesa deliciamos-nos uma tarte de limão e a mousse de chocolate, ambos caseiros. Serviço simples, pessoas simples, iguarias confeccionadas na altura e com as características tradicionais da nossa cozinha, e a prova em como se pode comer com muita qualidade a bom preço. Recomendo vivamente. Para quem quiser fazer a visita aqui vai a morada: Rua Jaime Artur da Costa Pinto, nº 12 (mesmo junto ao mercado) Trafaria Marquem antes: telefone - 212 913 000 Digam se valeu a pena ou não.

Pensem heuristicamente.

Desde o inicio do liberalismo económico, que as grandes decisões encontram-se na esfera, principalmente, de três áreas: a economia, a gestão e o direito. Efectivamente, a área das ciências humanas têm tido um papel secundário na evolução económica mundial, e é por essa razão que existe cada vez mais problemas sociais. A ideia que as empresas, necessariamente, têm que estar dirigidas apenas para o lucro, é uma ideia cada vez mais obsoleta. Gary Hamel compara mesmo a gestão com o motor de combustão interna, isto é, uma tecnologia que deixou simplesmente de evoluir. Diz ele que se metêssemos um gestor dos anos 60 numa máquina do tempo e o transportássemos para o século XXI, este gestor concluiria que grande parte das decisões e procedimentos pouco tinham mudado em relação à sua geração. Ora, os cientistas do comportamento, muitas vezes, dividem aquilo que fazemos em duas categorias. As tarefas algorítmicas e as tarefas heurísticas. As primeiras são aquelas em que seguimos um

Novamente à direita

Voltámos à direita. Novamente. Mas desta vez com 41,1% de abstencionistas, 2,67% de brancos e 1,36% de nulos. Quase metade dos portugueses pronunciou-se contra os políticos e partidos. Cronologicamente, abriu-se mais uma alternância política. Procurando entender o resultado destas eleições, aparentemente pode concluir-se que existem cerca de 3 milhões de portugueses que nestes últimos anos vão mudando a sua orientação de voto. Dai se explica o revezamento entre o PS e o PSD. O resto são irrelevâncias de quem se põe em bicos de pés. Por outro lado, compreende-se perfeitamente o “castigo” a um PS socialmente desagradecido, trapalhão e mentiroso na comunicação e, principalmente, mau gestor dos dinheiros públicos. Sócrates deveria ser chamado publicamente a justificar a duplicação da divida soberana. Mas, o que não se consegue perceber é porque razão os portugueses, e quase toda a Europa nestes dois últimos 2 anos, têm premiado a ideologia que provocou a crise de 2008. O libera

Discurso do Presidente da Republica

Ontem o Presidente da Republica dirigiu-se aos portugueses no uso do período de reflexão. O discurso (não o do Rei) durou 5:09m e, mais uma vez, foi monocordicamente proferido e politicamente correcto. Aliás demasiadamente correcto como é seu hábito. Tenho dúvidas quanto ao efeito pretendido, até porque há passagem que, pessoalmente, acho lamentáveis e verdadeiramente ofensivas para a maioria dos portugueses, se assim hoje ao final do dia se vier a provar. Senão vejamos: “ Os diferentes partidos tiveram a oportunidade de apresentar as suas ideias e as suas propostas ” – é um facto. Tiveram pois! E foi isso que aconteceu? Saímos todos mais esclarecidos? Acho que não. Aliás o decurso desta campanha foi igual ao que nos habituaram já anteriormente, talvez apenas mais comedido nas ofensas. Tratou-se de uma campanha centrada na imagem dos líderes políticos e pouco focalizada no esclarecimento ou nas propostas. Desde as contradições de Sócrates (lembro-me da questão da TSU e da alt

Dia Mundial da Criança

Hoje foi o Dia Mundial da Criança. Sem querer estragar a felicidade deste dia, não podemos esquecer que o estudo efectuado pela equipa de investigadores do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, e que foram hoje apresentados, dizem que, actualmente em Portugal, em cada 5 crianças 2 vivem em situação de pobreza (40%). Para esta conclusão, foi considerando não só a condição financeira, mas também as condições de vida e o bem-estar. Mais um critério de vergonha para todos nós e, principalmente, para os políticos que vieram já desvalorizar o estudo apontando os dados da Eurostat como mais fiáveis. Isto porque são menos agressivos, claro. Lamentável. Constituição da Republica Portuguesa Artigo 69.º Infância 1. As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e d